A maior parte da população brasileira acredita que as melhores aplicações financeiras podem ser obtidas através de um bom relacionamento com o gerente da sua conta. Contudo, na maioria dos casos, isto se mostra como uma grande ilusão ou uma verdadeira armadilha.
Sem querer parecer sensacionalista, mas, geralmente, os gerentes dos bancos estão interessados em te “empurrar” o melhor investimento para o próprio banco ganhar dinheiro e/ou para eles mesmos baterem suas metas.
Quem nunca recebeu uma ligação do banco oferecendo consórcios, seguros ou até mesmo títulos de capitalização? E o pior é que as informações sempre são incompletas ou até mesmo enganosas.
Sendo assim, a procura independente por conhecimentos relacionados a educação financeira e/ou investimentos passa a ser fundamental para o seu sucesso.
Dentro deste contexto, e considerando que, infelizmente, estes assuntos não são abordados de forma realmente séria nos diversos níveis de ensino de nosso país, resolvemos montar um guia básico para que você possa aprender de forma simples e didática quais os principais pontos para se tornar um investidor de sucesso.
QUAL O PROBLEMA EM NÃO SE PREOCUPAR COM A VIDA FINANCEIRA?
Existe o folclore de que as pessoas preocupadas em alcançar sucesso financeiro são seres humanos avarentos, frios e sem tempo para a família.
Entretanto, diversas pesquisas apontam que uma das maiores causas de brigas nos lares dos brasileiros é justamente a falta de dinheiro.
E aqui gostaríamos de ressaltar que muitas vezes o problema não é simplesmente a falta de dinheiro, mas sim a falta de um correto gerenciamento ou planejamento financeiro.
Portanto, talvez noções básicas de educação financeira fossem suficientes para amenizar esta situação. Imagina se todas as nossas crianças fossem ensinadas desde os primeiros anos de escola a como gerenciar o seu dinheiro de forma inteligente e sustentável?
Não queremos ver crianças sendo treinadas para obter lucro a qualquer custo ou a buscarem o dinheiro acima da satisfação pessoal. Mas, achamos que seria interessante ensinar desde cedo a como usar o cartão de crédito de forma adequada, os perigos das dívidas, os benefícios do hábito de poupar e investir, o poder dos juros compostos no médio e longo prazo, como planejar a compra de um carro ou uma casa, etc.
Desta forma, as crianças aprenderiam desde cedo que o problema de não se preocupar com a sua vida financeira é que esta área é capaz de afetar todas as outras da sua vida.
Se você é solteiro, com certeza as dificuldades financeiras terão impacto negativo na sua vida social. E se você é casado, sabe muito bem que problemas financeiros podem abalar a harmonia da sua casa.
Portanto, o ideal é achar o equilíbrio e utilizar o dinheiro para aumentar o seu nível de bem estar e de todos aqueles que estão a sua volta.
POR ONDE COMEÇAR?
Se você pretende alcançar o sucesso financeiro, é essencial se conscientizar de que não há milagres neste ramo e a principal regra é: você precisa gastar menos do que ganha.
Você pode estar achando isso muito simples, mas a maior parte da população não sabe quais são os seus gastos mensais.
E você? Tem isso anotado ou acha que “sabe de cabeça”? E o histórico dos últimos anos? Você tem estes dados para fazer uma análise crítica e comparar a evolução do seu nível de consumo ou o aumento dos preços que afetam diretamente sua vida?
Já os ganhos são realmente muito mais simples de controlar, principalmente se a pessoa tem apenas uma fonte de renda.
Desta forma, o “primeiro passo” rumo a uma vida financeiramente equilibrada é ter o controle de todos os seus gastos. Devemos incluir as grandes contas da casa como luz, água, gás, condomínio, aluguel, financiamento do imóvel, IPVA, IPTU, mercado, escola, faculdade, cursos, etc.
Entretanto, não podemos deixar de fora os gastos considerados de menor porte como cinema, restaurantes, farmácia, gasolina, passagens, etc. Muitas pessoas não controlam estes gastos de menor valor e se surpreendem ao somar todas as pequenas saídas de dinheiro.
O “segundo passo” para atingir o sucesso financeiro consiste na montagem do seu planejamento. Para isto, é importante que você tenha a exata noção do seu atual momento financeiro e a etapa anterior de controle dos gastos é fundamental para te ajudar.
É no planejamento financeiro que você definirá as metas e objetivos a serem alcançados e qual a estratégia utilizada para tal.
Se você ficar paranoico em apenas acumular capital, poderá chegar à velhice com milhões na conta e perceber que perdeu inúmeras oportunidades de curtir com sua família ou amigos e que todo o dinheiro guardado não é capaz de comprar o tempo perdido. “Ser o homem mais rico do cemitério não me interessa…” Steve Jobs
Por isso, acreditamos que um bom planejamento financeiro seja aquele feito com metas e objetivos realistas e adequados ao padrão de vida da sua renda, no qual você possa sentir que o seu esforço, estudo e investimentos estão te proporcionando aumento de patrimônio juntamente com um maior bem-estar para você e aqueles que te cercam.
“CONHECE-TE A TI MESMO”. VOCÊ JÁ SABE QUAL O SEU PERFIL?
Agora que já mostramos a importância da educação financeira na sua vida e quais os primeiros passos a serem dados rumo à prosperidade, está na hora de avançar de nível e começar a pensar em como você irá investir o seu dinheiro.
Entretanto, antes de escolher em quais aplicações você fará seus investimentos é fundamental que entenda exatamente qual é o seu perfil. Normalmente, este perfil está relacionado aos seguintes fatores:
Tolerância a riscos: pessoas mais arrojadas tendem a preferir investimentos na Renda Variável (ações, criptomoedas, forex, etc.).
Fase atual da vida: jovens tendem a ter menos responsabilidades e podem encarar os riscos de forma mais tranquila. Em compensação, adultos com filhos em idade escolar geralmente preferem aplicações mais conservadoras.
Capital disponível para aplicação: quanto maior o volume de dinheiro disponível para investir, maiores as chances de você diversificar e, com isso, alocar uma parcela em investimentos mais agressivos, pois eventuais perdas não afetarão de forma significativa o seu patrimônio.
Feita estas considerações básicas, vamos conhecer os quatro principais perfis de investidores. Tente se encaixar em um deles, ok?
Despreocupado
Perfil daquela pessoa que ao receber o salário paga as contas e quando sobra dinheiro envia tudo para a famosa Poupança.
Termos como Bolsa de Valores, IPO, LCI, CDB, Títulos Públicos, Taxa Selic e IPCA não fazem parte do vocabulário destas pessoas.
A falta de conhecimentos sobre o tema, preguiça ou até mesmo medo, fazem com que este perfil ignore toda notícia relacionada ao mundo dos investimentos. Para estas pessoas uma vida financeira de sucesso é aquela sem dívidas, com as contas pagas em dia e multiplicar patrimônio é visto como algo apenas para milionários.
Se fôssemos escolher um personagem famoso para este perfil seria “Zeca Pagodinho” (Deixa a vida me levar, vida leva eu…).
Conservador
Este perfil já se conscientizou sobre a importância de investir o dinheiro que sobra ao final do mês, pois pretende alcançar rendimentos maiores do que aqueles obtidos na Caderneta de Poupança.
A principal característica dos conservadores é a segurança. Este tipo de perfil não tolera qualquer perda no capital aplicado e para estas pessoas é melhor ganhar pouco e sempre do que se arriscar a ganhar muito e correr o risco de ver seu capital diminuir.
Desta forma, os investidores conservadores enxergam a Renda Fixa como a melhor alternativa para a alocação de sua carteira de investimentos e em função do medo de perder dinheiro podem ser representados pelo “Tio Patinhas”.
Moderado
Os investidores moderados ainda continuam prezando pela segurança de sua carteira, mas entendem que uma parte de seu capital deve estar alocada em investimentos um pouco mais agressivos.
Desta forma, podemos considerar como moderados aqueles investidores que possuem algo entre 20 e 40% de sua carteira direcionada para a Renda Variável.
Arrojado
Investidores com perfil arrojado possuem como principais características a grande tolerância ao risco e o chamado “sangue frio” para lidar com as oscilações do mercado de ações e criptomoedas, por exemplo.
O foco deste tipo de investidor é a rentabilidade e, muitas vezes, a segurança é colocada em segundo plano.
Pode ser considerado como arrojado aquele investidor com mais de 40% de seu dinheiro alocado em Renda Variável.
Você já viu o excelente filme “O Lobo de Wall Street”? Pois bem, de forma exagerada esse perfil pode ser representado pelo personagem do Leonardo DiCaprio. Se ainda não viu, fica essa dica para o final de semana.
PRINCIPAIS APLICAÇÕES FINANCEIRAS EM RENDA FIXA
Agora que já definiu qual o seu perfil de investidor, está na hora de conhecer as principais aplicações disponíveis no mercado.
De maneira bem abrangente, o mundo dos investimentos pode ser resumido entre Renda Fixa e Renda Variável.
A Renda Fixa é um tipo de aplicação financeira na qual o investidor conhece, desde o momento inicial da aplicação, qual será a rentabilidade obtida no resgate, que pode ser definida como um valor pré-fixado, pós-fixado (variação de um determinado índice) ou híbrido.
Ficou confuso? Vamos, então, a um exemplo rápido. Ao escolher um título de Renda Fixa você geralmente pode decidir entre três tipos de rentabilidade:
Pré-fixada: 10,0% ao ano.
Pós-fixada: 105% do CDI
Híbrido: IPCA + 6,0% a.a.
Obs.: Números hipotéticos apenas para servirem de exemplo e facilitar a compreensão.
A rentabilidade híbrida nada mais é do que um “mix” entre as remunerações pré e pós-fixadas, pois além de ter a garantia de uma taxa pré-fixada (6,0%, no exemplo acima) o investidor ainda ganha o acréscimo nesta taxa de uma variável pós-fixada (IPCA).
Geralmente, os índices mais utilizados para esta parcela pós-fixada são o CDI (valor muito similar à taxa básica de juros da economia, Taxa Selic) e o IPCA (índice oficial de inflação de nosso país).
É importante que você entenda também que investir em Renda Fixa nada mais é do que emprestar o seu dinheiro para o emissor do título, seja ele o governo, um banco ou uma financeira.
A Renda Fixa engloba diversos tipos de investimentos, dentre os quais podemos citar como principais:
Caderneta de Poupança
A poupança é a forma mais antiga e popular de aplicação financeira do Brasil e foi criada em 1861 pelo Imperador Dom Pedro II, juntamente com a Caixa Econômica Federal.
Pode ser considerada como a forma mais simples de investimento disponível no mercado e possui as seguintes vantagens: possibilidade de abertura em qualquer agência bancária sem exigência de valor mínimo, liquidez imediata (ou seja, caso você precise do dinheiro, basta se dirigir a um caixa e efetuar o saque e isenção de impostos.
Contudo, a maior desvantagem da Poupança está na possibilidade de rentabilidade abaixo da inflação. Nos últimos anos, com a inflação em patamares elevados, a rentabilidade da poupança foi menor do que o IPCA durante 21 meses consecutivos (jan/15 a set/16). Ou seja, ao deixar o dinheiro “parado” na Poupança em épocas como essa, você estará “empobrecendo” e perdendo o seu poder de compra ao longo dos meses.
Adicionalmente, mesmo em períodos de inflação baixa é possível o investidor conservador alocar seu dinheiro no Tesouro Selic, por exemplo, e conseguir rentabilidades muito superiores àquela obtida na Poupança.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional, que negocia títulos públicos federais, por meio da internet, para pessoas físicas com a intenção de captar recursos para financiar atividades do Governo Federal em áreas como saúde, educação e infraestrutura.
Desta forma, ao comprar um título público através do Tesouro Direto, você estará emprestando dinheiro ao Governo Federal. Em contrapartida, como dito anteriormente, você receberá, no prazo estipulado, o que emprestou mais os juros do período.
Iniciado em 2002, esse programa democratizou o acesso aos títulos públicos, ao permitir aplicações com apenas R$ 30.
Além da baixa aplicação inicial, o Tesouro Direto também é considerado o investimento mais democrático porque a taxa de rentabilidade de um pequeno investidor que aplica, por exemplo, trinta reais é a mesma de um grande investidor que faz uma aplicação de um milhão de reais.
Entretanto, ressaltamos que apesar de ser o investimento teoricamente mais democrático, o Tesouro Direto nem sempre oferece as maiores rentabilidades do mercado, apesar de ganhar na maioria das vezes das aplicações feitas nos bancos tradicionais.
LCI e LCA
A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) são títulos privados de Renda Fixa emitidos por bancos e criados com o objetivo de captar recursos para os financiamentos imobiliários e para o agronegócio, respectivamente.
Estas aplicações podem ser consideradas irmãs gêmeas em virtude de possuírem praticamente as mesmas regras de operação. Desta forma, do ponto de vista do investidor não há diferença entre investir em LCI ou LCA.
Para a maioria dos investidores iniciantes o principal atrativo destas aplicações é a isenção do pagamento de Imposto de Renda. Entretanto, é preciso ter em mente que o simples fato de um investimento ser isento de IR não o faz melhor do que os demais investimentos que apresentam incidência do IR.
A principal desvantagem destes títulos é a necessidade de aguardar um prazo mínimo de 90 dias para efetuar o resgate. Ou seja, a partir do momento em que você investe em uma destas aplicações, será necessário esperar, no mínimo, 3 meses para poder sacar o seu dinheiro.
CDB
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) representa um título privado de Renda Fixa emitido exclusivamente por bancos.
A principal vantagem desta aplicação é a possibilidade do investidor adquirir um título com liquidez diária. Neste caso, não há necessidade de respeitar um período mínimo e os saques podem ser feitos a qualquer momento.
Entretanto, assim como no caso da LCI e LCA, é possível encontrar no mercado CDBs com prazos de resgate mais longos (o comum são prazos de até 5 anos!), onde o investidor troca a liquidez diária por rentabilidades mais elevadas.
Teoricamente, a desvantagem se dá pela incidência de impostos, mas conforme dito anteriormente nem sempre isso significa um mau investimento.
COMO GANHAR DINHEIRO COM AÇÕES?
Quando se fala em Renda Variável, a maioria parte dos investidores pensa logo no mercado de ações, certo?
Vimos que a lógica de funcionamento da Renda Fixa é bem simples, pois você investe em um título público (governo) ou privado (bancos) e recebe no final do prazo de aplicação o montante acrescido dos juros pactuados inicialmente.
Entretanto, na Renda Variável as incertezas são maiores e não há como assegurar quais serão os lucros das operações (sem falar nas possibilidades de perdas…).
Por isso, resolvemos abordar neste item as duas formas mais populares e simples de ganhar dinheiro através do investimento na Bolsa de Valores.
· Compra e venda de ações após valorização
Esta é a forma mais comum de obter lucro com aplicações na Bolsa de Valores e o conceito é bem simples e direto: o investidor compra a ação considerando o seu potencial de valorização para que consiga vendê-la a um preço maior do que aquele pago na aquisição.
Nesta modalidade, o investidor se preocupa mais com as oscilações dos papéis do que com a qualidade da empresa propriamente dita. A ideia aqui não é se tornar sócio, mas sim ganhar dinheiro com a volatilidade dos papéis da empresa.
Desta forma, o mantra aqui é: compre na “baixa” e venda na “alta” para obter os maiores lucros possíveis.
Os investidores que utilizam esta estratégia são denominados “traders“ e geralmente visam operações de curto prazo e movimentos especulativos.
· Dividendos
O termo “dividendo” é usado para nomear a parcela de lucro dos acionistas em uma determinada empresa. Desta forma, se a companhia apresentar lucro em um exercício fiscal, uma parte deste resultado positivo é distribuído entre os acionistas.
O perfil do investidor que visa ganhar dinheiro com o recebimento de dividendos é diferente do “trader”, pois nesta modalidade o que interessa é a qualidade e os resultados da empresa na qual você está investindo. O horizonte dos investidores neste caso é o médio e longo prazo.
De forma resumida, quem usa esta estratégia busca na verdade ser um verdadeiro sócio da empresa. Portanto, uma empresa ruim e que apresente sucessivos prejuízos sem perspectiva de melhoras terá maior dificuldade em captar recursos na Bolsa de Valores, pois poucas pessoas terão interesse em se tornar sócias.
Se você decidir investir no mercado de ações, seja qual for a sua estratégia, lembre-se sempre do conselho de Warren Buffet (um dos maiores investidores do mundo de todos os tempos): “Regra número 1: nunca perca dinheiro. Regra número 2: não esqueça a regra número 1.”
Portanto, estude muito antes de fazer suas operações, acompanhe o noticiário e nunca despreze totalmente os riscos nos seus investimentos.
QUEBRANDO ALGUNS MITOS E DANDO DICAS DE OURO PARA INVESTIDORES INICIANTES
Mito nº 1: É preciso ter muito dinheiro para iniciar meus investimentos
Qualquer pessoa sem dívidas pode iniciar seus investimentos, pois no Tesouro Direto, por exemplo, é possível iniciar suas aplicações com aportes de apenas R$ 30.
Adicionalmente, existem muitas LCIs com investimento inicial a partir de R$ 1.000 e ótimas rentabilidades. #Dica: Se você não tem nem trinta reais para começar a investir, saiba que o Sofisa Direto possui CDB com liquidez diária e rentabilidade de 100% do CDI com aplicações de apenas R$ 1.
Mito nº 2: Preciso aprender o funcionamento de todo o mercado financeiro para investir bem
É claro que quanto mais conhecimento nós tivermos, melhores serão nossas decisões em qualquer área da nossa vida. Entretanto, você não precisa ser um expert em economia para iniciar seus investimentos. #Dica: Se você não entende nada sobre o mundo dos investimentos, comece pelos mais simples e foque na Renda Fixa. Existe muito material gratuito na internet ensinando sobre LCI e CDB. Se quiser aprofundar os conhecimentos sobre o Tesouro Direto, basta acessar o site oficial e assistir os diversos vídeos para iniciantes.
Mito nº 3: É preciso gastar muito tempo para fazer meus investimentos
Após aprender o funcionamento básico das principais opções de investimento, você conseguirá efetuar as operações de forma rápida e simples graças às facilidades proporcionadas pela internet que permitem fazer todos os procedimentos online.
O maior gasto de energia e tempo é no início, onde você precisará entender como fazer os investimentos da melhor forma. Após este período, você pode reservar apenas algumas horas por mês para acompanhar a evolução da sua carteira de investimentos e fazer novas aplicações.
Mito nº 4: Poupança é o investimento mais seguro e investir é muito arriscado
Por ser uma das aplicações financeiras mais antigas e pela falta de educação financeira da população, criou-se o mito de que a poupança é o investimento mais seguro do país e todos os demais produtos financeiros possuem um risco elevado.
Entretanto, especialistas consideram o Tesouro Direto como o investimento mais seguro do país. Apesar desta afirmação gerar certa polêmica, existem diversos mecanismos que podemos adotar para investir de forma tão segura e com rentabilidades mais elevadas.
Como dito anteriormente, se você entrar na Renda Variável estará realmente correndo mais riscos, mas na Renda Fixa é possível encontrar opções tão seguras quanto a Poupança. #Dica: Vários investimentos em Renda Fixa possuem um seguro grátis e automático chamado de FGC que devolve o dinheiro investido em caso de falência dos bancos. Este é o mesmo seguro que cobre as Cadernetas de Poupança, por exemplo. Portanto, basta entender as regras de funcionamento deste seguro para garantir sua segurança.
Mito nº 5: O gerente do banco pode ser meu conselheiro financeiro
Conforme falamos no início deste artigo, geralmente o gerente do banco só está interessado em bater suas próprias metas e fazer os melhores “investimentos” para o próprio banco ganhar dinheiro.
Portanto, com as facilidades de acesso a informações que temos disponíveis atualmente, sugerimos que procurem blogs e canais do Youtube que abordem o tema e participem de grupos no Facebook para troca de experiências. #Dica: Os melhores investimentos estão concentrados fora dos grandes bancos brasileiros e, por isso, considere abrir conta em alguma corretora (Easynvest, XP, Rico, etc.) ou em bancos de médio porte com boa saúde financeira, que poderão inclusive te isentar do pagamento de tarifas como TED e DOC.
Mito nº 6: Vou ficar rico investindo
Infelizmente, vários portais de grande audiência gostam de fazer matérias sensacionalistas vendendo a falsa ilusão de que você pode ficar rico rapidamente através de investimentos, principalmente no mercado de ações.
Entretanto, a realidade é muito diferente. São raros os casos de pessoas que conseguiriam enriquecer exclusivamente através de investimentos na Bolsa de Valores, por exemplo. #Dica: Foque esforços no seu trabalho, procure se especializar e conseguir novas fontes de renda. Os investimentos devem ser encarados como mecanismos para fazer multiplicar o seu dinheiro e o poder dos juros compostos só será observado no médio e longo prazo. Portanto, tenha muito cuidado com promessas de ganhos exorbitantes e procure estudar sempre antes de iniciar alguma aplicação nova.
Mito nº 7: A Renda Fixa morreu com a queda da Taxa Selic
Infelizmente, muitos “gurus” que vendem cursos sobre Renda Variável ou grandes portais que precisam atrair leitores a qualquer custo gostam de amedrontar os leitores iniciantes e omitem alguns dados.
Falar que a Renda Fixa simplesmente morreu com as últimas quedas da Taxa Selic é uma análise superficial e simplista, pois ninguém aborda os chamados “juros reais”, ou seja, o desconto da inflação na taxa de juros.
Adicionalmente, você precisa entender que a economia é cíclica e passa por momentos de crise e euforia. Se pegarmos as rentabilidades acumuladas entre 2010 e 2016, veremos que a Poupança teve um desempenho de +61%, a inflação (IPCA) aumentou +58%, o dólar subiu +89%, a Taxa Selic (indicador base da Renda Fixa) teve uma rentabilidade de +108% e a Bovespa (indicador base do mercado de ações) teve um rentabilidade negativa de -9%.
Portanto, quando alongamos o prazo de análise, podemos perceber que muitas vezes a Renda Fixa pode ser até mesmo mais vantajosa do que o investimento na Bolsa de Valores, caso você não seja um investidor experiente e com muito tempo disponível para fazer suas operações. #Dica: Tome cuidado com matérias sensacionalistas e fake news. Estude para conseguir ter um senso crítico e não ser enganado ou manipulado por interesses ocultos de determinados grupos.
SOBRE O AUTOR
Ricardo Cid é engenheiro formado pela UFRJ, aluno do curso “Black Belt” do Bruno Medeiros, amante do mundo de investimentos e educação financeira e fundador do site “Bons Investimentos”.
Caso tenha achado o artigo interessante e queira se aprofundar no tema, visite o nosso site e conheça o nosso livro “Investimentos Seguros e Rentáveis”, onde detalhamos toda a nossa carteira de investimentos em Renda Fixa, estratégias e mecanismos utilizados para aumento consistente de patrimônio ao longo do tempo.
Toda a nossa linguagem é voltada para o público “leigo” e, por isso, tentamos ser os mais didáticos possíveis. A ideia é descomplicar o tema para todos!